Estou com o meu pensamento voltado para os milhões de brasileiros e brasileiras que vivem fora do conforto do Evangelho. Pensei nas alegações de tais pessoas e destaco três para nos induzir às orações em favor delas. A ordem não indica escala de poder. Primeira: bebidas alcoólicas – Quem me conhece sabe que vivi muitas experiências com as tais. Já ouvi pessoas dizendo: “Sou conhecedor dos terríveis males sociais provocados pelo consumo de bebidas. Por isso, penso que o consumo delas é incompatível com o verdadeiro cristianismo. Mas elas têm sido uma das melhores fontes de alegrias para mim. Por essa razão, eu não sou crente”. Segunda: a sensualidade – Conheci dois jovens cheios de vida, que entusiasmados com a mensagem do Evangelho, fizeram sua matrícula para o curso de catecúmenos. Ao terminar me disseram: “Pastor, decidimos que não vamos receber o batismo”. Perguntei-lhes: por que?! Ao que eles responderam: “O professor disse que para o crente, sexo é só depois do casamento. E nós não vivemos sem mulher pastor”. Retruquei: Deus tem conhecimento disso e instituiu o casamento como solução. A resposta foi: “Casar?! Não pastor, muito obrigado!” Esta é a poderosa “concupiscência da carne” (1 Jo. 2:16). Terceira e última causa: o fascínio do dinheiro – O deslumbre ou ofuscação causada pelo dinheiro é extremamente poderoso. Muitos e muitos líderes cristãos são derrotados diante deste poder. Recebi em meu gabinete uma senhora que buscava ajuda para seu filho que embora tendo ótima saúde física, apresentava alguns problemas emocionais. Após alguns encontros e muita conversa, descobri que o pai, grande herói do garoto, era desonesto em seu trabalho. Aquele filho que conhecia as atitudes do papai tinha medo que a vida dele fosse descoberta, ele perdesse o emprego e poderia até ser preso. Perguntei àquela preocupada mãe: seu marido não deseja trilhar pelos caminhos da honestidade? Ela respondeu: “Isso significaria abrir mão de nossa qualidade de vida. Isso ele não quer.” Esta é “a concupiscência dos olhos” (1 Jo. 2:16). Desnecessário é citar Mt. 16:26. Tais reflexões me reportaram ao início da década de 1980, ano em que começei leituras sistemáticas da Bíblia. Conversando com o meu saudosíssimo pastor Benon sobre a perdição eterna, ele me disse: “Talvez o maior sofrimento no inferno seja provocado pelo remorso”. Concordo com o meu saudoso pastor. Na perdição eterna, as almas são atormentadas por tremenda dor moral combinada com grandes aflições causadas pela triste e tardia constatação de um grande erro cometido: trocaram Jesus por nada. Optas por Cristo?

Com amor – pastor José Loures.

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