A Alegria da Salvação

“Restitui-me a alegria da tua salvação” (Salmo 51:12). Grande mal-estar e angústia atormentavam a alma de Davi. Moralmente falando, se sentia dilacerado. Desagradou profundamente a Deus com adultério e assassinato. Gemia sob gigantesca culpa e se sentia em completa ruína. Suplicou a compaixão de Deus baseando seu pedido na “multidão das misericórdias” de seu Pai celestial (Salmo 51:1). Pediu que Deus apagasse suas terríveis transgressões, que o lavasse de toda sua culpa e o purificasse de seu pecado (versículos 1-2). O grande, enganador e destruidor poder do pecado é visto também na história do povo de Israel. A geração que sob o comando de Josué conquistou a terra prometida, e também a geração seguinte, permaneceram fiéis às alianças com Deus. Mas a geração que surgiu em seguida fez “o que era mau aos olhos do SENHOR. Abandonaram o SENHOR. Com isso, a ira do SENHOR ardeu contra Israel, e ele os entregou nas mãos de saqueadores que tomaram seus bens” (Juízes 2:10-15). Lemos em Juízes 6 que sob a opressão dos midianitas Israel sofreu duras afrontas, pois suas terras eram invadidas, os produtos eram destruídos, e ficavam sem sustento. Por fim, apesar das contínuas advertências de Deus (2 Crônicas 36:15-16), no tempo dos reis Jerusalém foi destruída e o povo levado cativo à Babilônia. Em termos sociais e políticos se viram arrasados. O profeta Jeremias testemunhou a brutal destruição da cidade, e as palavras dele em Lamentações 3, descrevendo a sorte do povo, nos impressionam. Mas Jeremias conhecia a misericórdia de Deus e orou pedindo o retorno dela (Lamentações 3:22 e 33). E quando os resgatados voltaram à sua terra, no fim do cativeiro, o salmista compôs o belo Salmo 126 e lemos nos versos 1 e 2: “Quando o SENHOR restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Nossa boca se encheu de riso, e cantamos de alegria”. Mas a Bíblia diz que o coração do homem é enganoso, não há nada que engane tanto quanto ele; é extremamente perverso, desesperadamente corrupto e não há quem possa entender o quanto é mau (Jeremias 17:9). O rei Ciro publicou o decreto autorizando o retorno dos escravos da Babilônia em 537 a.C., mas no ano 70 d.C. a cidade foi destruída novamente. Isaías profetizou a restauração descrita no Salmo 126, dizendo: “Aqueles a quem o SENHOR salvar voltarão para casa, voltarão cantando para Jerusalém” (Isaías 35:10). Mas a visão do profeta ultrapassa o resgate do cativeiro babilônico, pois na segunda parte do versículo 10 ele descreve a “alegria eterna” que “coroará a “cabeça” dos que são resgatados do cativeiro do pecado dizendo que “deles fugirá a tristeza e o gemido”. Estarão para sempre livres de toda dor e tristeza, desfrutando de uma alegria que nada nem ninguém poderá tirar, isto é, a eterna ALEGRIA DA SALVAÇÃO, pois no céu, o pecado não entra.

No amor de Cristo – pastor José Loures.

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