Crescendo em Cristo

“Convém que ele cresça e que eu diminua” (João 3:30). O processo de crescimento em Cristo é paradoxal, ou seja, é um crescimento pela diminuição. É necessário que Jesus cresça e eu diminua. “Para o homem natural é loucura afirma-se que possa haver crescimento pela diminuição. O crente, humilde diante do seu Senhor, abate sua soberba e egoísmo, mas cresce na vida de comunhão com Deus e de amor para com o próximo. Sincero diante do Senhor, reconhece sua mesquinhez, mas cresce no caráter cristão. Servindo ao Senhor, torna-se escravo, mas o ser escravo do Senhor é ser verdadeiramente livre. Adorando ao Senhor, prostra-se perante sua augusta e majestosa presença, mas de joelhos é arrebatado para a glória dos céus!” (Egídio Gioia, “Notas e Comentário à Harmonia dos Evangelhos”, página 73). O crente deve cultivar o propósito de não fazer absolutamente nada com objetivo de atrair sobre si admiração das pessoas. “O que é que você tem que não tenha recebido? E, se recebeu, por que se gloria como se não o tivesse recebido?” (1 Coríntios 4:7). Não apenas o que temos, mas principalmente o que somos, devemos a Deus. O apóstolo Paulo, gigante e incansável pregador das boas novas, escreveu: “Pela graça de Deus, sou o que sou” (1 Coríntios 15:10). É pela graça, meus amigos e minhas amigas! É pela graça! Sem a toda-poderosa graça não seríamos absolutamente nada. Em sua oração de louvor em gratidão a Deus pelas generosas e abundantes ofertas que o povo de Israel apresentou ao Senhor como preparativos para a construção do templo, o rei disse: “Tudo que temos vem de ti, e demos apenas o que primeiro de ti recebemos! Somente devolvemos o que já era teu” (1 Crônicas 29:14 NVI, NTLH). Leio sobre as atividades missionárias do apóstolo Paulo e penso nele como um verdadeiro monumento à evangelização. E ele escreveu: “Longe de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gálatas 6:14). Se o ser humano tivesse motivos próprios para se gloriar, Paulo certamente se destacaria como o melhor. Em vez disso, ele diz que era o pior dos pecadores, e que foi salvo pela manifestação da graça (1 Timóteo 1:15). Devemos trabalhar “para anunciar as boas-novas” e realizar “todo o ministério que nos foi confiado” (2 Timóteo 4:5). Devemos cumprir bem o dever que temos como servos e servas de Deus, mas sem nenhum objetivo autopromocional. O mensageiro ou mensageira da cruz deve ser completamente livre de qualquer pretensão de promover a si mesmo; convém que Cristo “cresça e que eu diminua”.

No conforto do Espírito Santo – pastor José Loures.

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