“Entrega o teu caminho ao SENHOR” (Salmo 37:5)

Estas palavras foram usadas eficazmente por minha mãe na salvação de um dos irmãos do meu pai. Ela se chamava Noemia e os familiares a chamavam de “Noeme”. O meu tio se chamava Delmindo e a família o chamava de “Dermino”. Nessa reflexão serão nominados assim. Somente Deus sabe quantas vezes minha mãe disse ao cunhado: “Entrega o seu caminho ao Senhor, Dermino!” A resposta era: “Nun tá na hora ainda não, Noeme!” Meu tio contraiu uma doença que ceifaria sua vida. Pouco antes de sua partida, minha mãe o visitou no HRT, Hospital Regional de Taguatinga, e na despedida disse: “Entrega o seu caminho ao Senhor, Dermino!” A resposta foi: “Chegou a hora Noeme, pode trazer o pastor aqui”. Por ser membro da 2ª Igreja Presbiteriano de Taguatinga, minha mãe para lá se dirigiu. Nosso pastor, reverendo Benon, estava fora, em outro atendimento pastoral. Dez, doze ou quinze quilômetros nunca foram sinônimos de obstáculo para aqueles formosos pés que anunciavam “as boas-novas” (Isaías 52:7). Ela se dirigiu à 1ª Igreja Presbiteriana de Taguatinga, que na época era pastoreada pelo reverendo João de Souza Oliveira, que ao ouvir sua história foi imediatamente com ela para o HRT. Lá conversou com o meu tio, tendo no coração as sacrossantas palavras de João 1:12: “Mas, a todos quantos o receberam [Jesus], deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome”. Nos moldes dessa palavra, aquele consagrado “pescador de gente” (Mateus 5:10) compreendeu que estava diante de um bem-aventurado filho de Deus. E ali mesmo o batizou. E ao anotar sua identificação, arrolando-o como membro da 1ª IPT, disse (segundo a narrativa de minha mãe): “Agora, Delmindo, você é membro da 1ª Igreja Presbiteriana de Taguatinga, e membro também da Igreja Gloriosa, aquela que já se encontra diante do Cordeiro”. Minha mãe foi para casa, em intenso júbilo, louvando a Deus pela toda-poderosa graça, pois embora sendo ela profissionalmente analfabeta, o bondoso Jesus segurou sua mão, e ela pôde digitar, no gracioso, divinal e harmonioso compasso da escrita celeste, o nome do meu tio no Livro da Vida. O cartucho da impressora foi e está carregado com tinta carmesim, isto é, o poderoso sangue que jorrou do lado ferido pela lança, estando o corpo ainda na cruz (João 19:34). O intervalo entre a cerimônia do batismo e a transferência do meu tio para a Igreja do Alto, eu não me lembro. Mas foi curto, nos mostrando que a graça do Senhor Jesus é suficiente para todo pecador! Mas não use essa história de salvação para adiar sua decisão por Cristo. Decida agora!

Com amor – pastor José Loures.

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