Esperança

“Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Romanos 5:5). As cinco palavras iniciais do texto são escritas em seis na KJV: “E a confiança não nos decepciona”.  O “não confunde” quer dizer “não nos deixa decepcionados”. Um dos antônimos da esperança é desilusão. E há muita gente desiludida em nosso mundo. As causas são basicamente duas: materialismo doentio e vaidade excessiva. E quando me refiro a materialismo doentio, estou pensando nas atitudes que conduzem as pessoas à uma luta constante pela aquisição de bens, em prejuízo de sua vida espiritual. E o nosso Mestre nos ensina com clareza inconfundível: “A vida de uma pessoa não é definida pela quantidade de seus bens” (Lucas 12:15). No que diz respeito às riquezas a Bíblia nos orienta: não faça das riquezas “o centro de sua vida”, ou “não ponham nelas o coração; a ambição pelo lucro”, ou “espírito de ganância tira a vida de quem o possui” (Salmo 62:10; Provérbios 1:19). E quanto à vaidade excessiva? Não vejo nada de errado com a vaidade na medida certa. O nosso corpo é santuário do Espírito de Deus (1 Coríntios 3:16) e é nosso dever cuidar bem dele. Também nesta questão a Bíblia nos orienta dizendo: “Que a beleza de vocês não seja exterior, como tranças nos cabelos, joias de ouro e vestidos finos, mas que ela esteja no ser interior, uma beleza permanente de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus” (1 Pedro 3:3-4). O presente texto não proíbe o uso de cosméticos e joias; a recomendação aqui é no sentido de que a mulher não dedique toda a sua atenção aos cuidados com a beleza exterior, seu principal investimento deve ser na beleza interior, pois enquanto aquela desaparece, esta, sob os cuidados de Deus, se renova dia após dia. A principal formosura não procede dos salões de beleza, nem das boutiques, e nem tão pouco das joalherias, mas procede do coração. Uma mulher pode condenar o uso de joias e cosméticos e outra pode usá-los, e ambas servir e honrar a Deus de forma verdadeiramente piedosa. E não devemos julgar ninguém por causa destas coisas. A vaidade excessiva causa desilusão por duas razões básicas: por mais que a pessoa idolatre seu corpo e invista nele, a beleza se desvanece; e os gastos causam desequilíbrio entre receita e despesa. E quanto aos que se encontram em desilusão, não adianta buscar alívio nos fugazes prazeres da carne, pois estes podem até paliar a dor da desilusão, mas não aliviam as dores da alma. Outra problema com eles: podem até não ser pecaminosos em si mesmos, mas se tornam pois ocupam o lugar do Senhor Jesus. O remédio para corações desiludidos é: deixar JESUS transformar a desilusão em esperança ou confiança que não decepciona. “Coragem! Levante-se, porque ele” (Jesus) “está chamando você” (Marcos 10:49) a uma vida plena de radiosa esperança.

No amor e conforto do Espírito – pastor José Loures.

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