Graças a Deus! “E sejam agradecidos” (Colossenses 3:15)

Uma coisa que tenho observado, com certa estranheza, é o fato de que muitas pessoas não têm o hábito de agradecer a Deus na hora das refeições. Vivi na roça até aproximadamente os 12 anos. Algumas vezes pude ver o nosso milharal, com 40 ou 50 cm de altura, com as folhas enroladas por falta de chuvas no tempo certo e na quantidade certa. Isso me causava uma certa depressão. O cidadão com características exclusivas de cidade, que nunca viu uma roça castigada pela seca, muitas vezes não sabe que o pão de cada dia presente em nossas mesas é fruto das ações da bondade de Deus. Chega o final do mês, recebe seu salário, vai ao mercado, encontra maravilhosa fartura, faz sua feira e volta para casa pensando: “na minha mesa tem fartura de pão, fruto do meu trabalho, da minha saúde, do meu esforço e da minha inteligência”. Não encontra um momento para reconhecer a bondade de Deus e dar-Lhe graças. Já o camponês, ao ver chegar o tempo da plantação, pede a Deus as chuvas necessárias para fertilizar o seu solo. Vem a chuva, ele agradece, lança a semente ao chão, e pede a Deus a continuação das chuvas no tempo certo e na quantidade certa. Vem a colheita, e feliz da vida o seu coração diz: “Graças a Deus!” E, sempre que se encontra à mesa, rende graças ao bondoso Provedor. O salmista compôs uma canção de louvor ao Deus Criador (Salmo 104), dizendo que ao fazer rebentar fontes de águas Deus dá de beber a todos os animais do campo e as aves. O autor sagrado prossegue dizendo que do alto de sua morada Deus rega os montes fazendo a terra fartar-se de fruto. Bondosamente Deus faz crescer a relva para os animais e as plantações cultivadas pelo homem, para que da boa terra que Ele nos dá tiremos o nosso alimento, o pão que sustenta as nossas forças. Até mesmo os leõezinhos rugem buscando de Deus o sustento. O mavioso salmista inicia a oitava estrofe de sua canção dizendo a respeito da totalidade da criação: “Todos esperam de ti que lhes dê de comer a seu tempo. Se lhes dá, eles o recolhem; se abres a mão, eles se fartam de bens. Se escondes o rosto, eles se perturbam; se lhes corta a respiração, morrem e voltam ao pó” (Salmo 104:27-29). E encerra sua bela canção com um voto: “Cantarei ao SENHOR enquanto eu viver; cantarei louvores ao meu Deus durante a minha vida. Bendize, ó minha alma, ao SENHOR! Aleluia!” (versículo 33 e 35). Meus queridos amigos e amigas! “O pão nosso de cada dia” é fruto das bondosas ações de Deus. Sem elas, não o teríamos. No fim do dilúvio, Noé saiu da arca com sua família e ergueu um altar ao Deus Provedor, e nele ofereceu holocaustos, isto é, adoração e louvor ao Deus Doador e Preservador da vida. Noé realizou um culto aceitável a Deus cujo cheiro do sacrifício agradou ao Senhor, que disse “consigo mesmo: Enquanto durar a terra, não deixará de haver semeadura e colheita” (Gênesis 8:20-22). No solo brasileiro constatamos o fiel cumprimento desta palavra. Graças a Deus!

Na expectativa de que meus prezados leitores e ilustres leitoras são pessoas gratas a Deus – pastor José Loures.

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