Levados e Deixados

“Então dois estarão no campo: um será levado, e o outro será deixado; duas mulheres estarão trabalhando num moinho: uma será levada, e a outra será deixada” (Mateus 24:40-41). O nosso mundo é uma mistura de crentes e ateus que são encontrados lado a lado em toda parte. “Filhos do reino” e “filhos do Maligno” vivendo juntos (Mateus 13:38). Somente na Segunda Vinda de Cristo é que haverá separação. Por mais maravilhosa que seja a igreja local a que pertencemos, tem joio nela. Por mais que o pastor seja fiel na exposição das Escrituras e por mais que a direção da igreja seja zelosa na aplicação da disciplina, não há como evitar a presença do joio. Jamais haverá aqui na terra uma igreja local composta somente de trigo, pois o Diabo semeia o joio e os hipócritas nela se infiltram sorrateiramente. A parábola do joio nos ajuda a entender a questão dos “levados” e “deixados”. O “campo” e o “moinho” nos falam da mistura que há no mundo entre “filhos do reino” e “filhos do Maligno”. No Dia de Cristo, os “filhos do reino” serão “levados” e os “filhos do Maligno” serão deixados. E quando isso acontecer, não haverá tempo para despedidas nem para arrependimento. No seio das famílias, acontecerá de um cônjuge ser levado e o outro deixado, o mesmo acontecerá também entre irmãos. O “campo” e o “moinho” nos mostram que haverá separação também entre colegas de trabalho, entre patrão e empregados, e assim por diante. Não há como descrever a miséria, dor e desespero dos que serão deixados. Mas, quanto ao joio na igreja, devemos viver na expectativa de que Deus, em sua imensa graça e misericórdia o transforme em trigo, antes que seja tarde demais. Encerro recordando uma das pescarias que fiz com meu saudoso pai na década de 1970, nas proximidades de Flores, Goiás. Em nosso acampamento recebemos uma simpática visita de um morador local que nos disse: “Se quiserem comer um pato saboroso, sigam por esta estrada aqui por uns trinta minutos de caminhada, entrem à esquerda que vocês sairão em uma lagoa que tem pato que não acaba mais!”  Fui com o meu pai após o almoço. Andamos até cansar, e nada de encontrar a tal lagoa. Ao voltarmos, vi um caminho que agora estava à nossa direita e disse a ele: “Deve ser este o tal caminho, pai!” Ele respondeu: “E se não for?! Nós já estamos muito cansados!” Eu disse a ele: “Se não for, a gente volta, uai!” Peço a sua atenção para o “volta”. Em nossas caminhadas aqui no mundo as estradas tem retornos que nos ajudam a corrigir os descaminhos. Mas no fim da estrada da vida não há volta, ou seja, no final de uma caminhada terrena sem Cristo não há retorno. Devemos orar e trabalhar em favor dos “joios”, pois o dia da “colheita” está muito próximo, e será um dia de separação definitiva, quando uns serão “levados” e outros “deixados”. MISERICÓRDIA, SENHOR!

Seu conservo no Senhor – pastor José Loures.

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