Em seu discurso de despedida proferido para seus primeiros seguidores, o Senhor Jesus Cristo fez a promessa de envio do “Consolador”. Entre as instruções do divino Mestre destaco a seguinte: “Vocês são meus amigos se fazem o que eu lhes ordeno” (João 15:14). Entre as instruções do discurso de despedida, o evangelista João registrou também a seguinte palavra do Verbo Eterno sobre o Espírito Santo ou Consolador: “Mas eu lhes digo a verdade: é melhor para vocês que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vocês; mas, se eu for, eu o enviarei a vocês” (João 16:7). Citamos João 15:14, onde aprendemos que a amizade com Cristo está inseparavelmente ligada à obediência a seus preceitos. No capítulo 5 da Carta aos Efésios somos instruídos a nos deixar encher do Espírito Santo (Efésios 5:18). E no versículo 16 do mesmo capítulo somos advertidos com relação aos dias atuais que “são maus”. No versículo 17 somos instruídos a nos esforçar para “compreender qual é a vontade do Senhor”. E assim, surge o imperativo: “enchei-vos do Espírito”. Quando a Bíblia diz que os dias “são maus”, isso significa que os dias não favorecem o testemunhar de Cristo, não contribuem para uma vida de obediência ao Salvador (João 15:14). Imagine você, se na época do apóstolo Paulo os dias já eram considerados maus, o que é que podemos dizer sobre os dias atuais? Isso nos traz a promessa do Senhor Jesus momentos antes de voltar à glória: “Mas vocês receberão poder, ao descer sobre vocês o Espírito Santo, e serão minhas testemunhas” (Atos 1:8). Pensando na combinação de todos os textos citados aqui, chego à seguinte conclusão: o Espírito Santo é o único recurso que dispomos para vivermos nesta Terra corrupta, como filhos de Deus. É o único poder que nos capacita a andar como filhos da luz neste mundo tenebroso. “Não apaguem o Espírito”. Em nossa casa, no corredor que dá acesso da sala ao nosso quarto, tenho uma lâmpada relativamente fraca que costumo acender quando levanto de madrugada. Poucos dias depois que a instalei, ao ligá-la, ela não acendeu. Pensei comigo: mas já queimou?! Mas ao examinar a instalação, percebi que o pino onde ela está conectada tinha se soltado da tomada. Não houve luz quando a liguei! Quando permitimos que o pecado faça algum estrago em nossa comunhão com Cristo, apagamos o Espírito, e nos sentimos em trevas. Mas o mesmo Espírito fala docemente ao nosso coração: “Corre urgentemente para Jesus, pois quem o segue, “não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8:12). “Não apaguem o Espírito!”

Sob o conforto do Consolador – pastor José Loures.

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