O Juiz Onisciente (Jó 34:23)

“Pois Deus não precisa observar por muito tempo o homem antes de o fazer ir a juízo perante ele”. Deus não necessita de tempo para analisar a vida daqueles a quem julga, pois, “não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as coisas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas” (Hb. 4:13). É como se o criminoso fosse pego “com a boca na botija”. Ninguém consegue esconder nada, absolutamente nada de Deus. Todas as coisas, em toda a criação, estão totalmente abertas diante dos olhos dEle. E diante dEle todos nós teremos de prestar contas. Ao descrever o juízo de Deus em suas revelações apocalípticas, o evangelista João disse: “Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta, de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então, se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos foram julgados segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras” (Ap. 20:11-13). Lemos em Ap. 1:14 que os olhos do JUIZ ONISCIENTE são “como chama de fogo” (Ap. 1:14). Isso quer dizer olhar penetrante, Ele fixa o santo olhar em minha testa, e tem imediatamente diante de Si todas as páginas que o meditar do meu coração escreveu ao longo de toda a minha passagem pela terra. Ele não tem necessidade de testemunhas, porque todas as transgressões foram cometidas diante de seus olhos, e diante Dele a Lei não se afrouxa e a justiça se manifesta de forma ampla, geral e irrestrita. Os ímpios, que pensam que podem pecar, pecar e pecar e tudo acabará bem, estão com os dias contados. Escapam da justiça dos homens, mas da justiça divina não escaparão, serão julgados conforme o que cada um tenha feito. Naquele dia conhecerão que “horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo” (Hb. 10:31). Muitos pecadores hoje, por se julgarem muito importantes, pensam que Deus não vê os seus crimes e por isso não os condenará. Mas brevemente saberão que a justiça de Deus é firme “como as grandes montanhas”, e os julgamentos Dele “são profundos como o mar” (Sl. 36:6). Nesses dias pandêmicos os noticiários policiais nos deixam tomados de espanto diante da hediondez de crimes praticados. Mas dentro de pouco tempo estaremos completamente livres de todas as ações do mal, pois “os maus desaparecerão” (Sl. 37:10). Há somente uma maneira de escapar do julgamento do JUIZ ONISCIENTE – crendo em seu Eterno Filho, conforme está escrito: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”. Quem se “mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (Jo. 3:18 e 36). A ira do JUIZ ONISCIENTE permanece sobre os pecadores impenitentes.

Com amor – pastor José Loures.

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