Paz com Deus

“Portanto, uma vez que pela fé fomos declarados justos, temos paz com Deus por causa daquilo que Jesus Cristo, nosso Senhor, fez por nós” (Romanos 5:1). A verdadeira felicidade pode ser definida nesta curta sentença: “paz com Deus”. Uma pessoa pode ter títulos de doutor e pós-doutorado em diversas ciências, pode morar em luxuosa mansão, ter carro de luxo, dinheiro para manter o tanque sempre cheio e adquirir tudo que desejar. Mas se não tiver “paz com Deus”, tudo será vão, ou seja, sua vida será sem conteúdo, terá um falso sentimento de bem-estar ou felicidade sem sentido; e a falsa impressão de bem-estar, leva o homem à perdição (Provérbios 1:32). “Temos paz” não se trata de uma bênção futura, algo que estejamos aguardando, trata-se de uma bênção que já possuímos, pois foi alcançada em Cristo. O resultado dessa paz com Deus será também a posse da paz de Deus, que significa que, mesmo diante das presentes tribulações políticas, turbulências jurídicas, crise sanitária e confusões religiosas, sentimos paz, “a paz de Deus, que excede todo entendimento” (Filipenses 4:7), e esta paz não depende daquilo que acontece ao nosso redor, pois na maioria das vezes as circunstâncias adversas servem para nos aproximar mais de Deus, e quanto mais perto dEle maior é a paz que sentimos. O texto é claríssimo ao dizer que devemos essa paz ao Senhor Jesus Cristo, isto é, temos paz “por causa daquilo que Cristo fez” por nós. Em soleníssima ocasião, o nosso bondoso Redentor disse: “Deixo com vocês a paz, a minha paz lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo a dá. Que o coração de vocês não fique angustiado nem com medo. No mundo, vocês passam por aflições; mas tenham coragem: eu venci o mundo” (João 14:27 e 16:33). Esta doce e gloriosa paz é o resultado da nossa justificação, “fomos declarados justos, por causa daquilo que Cristo fez por nós.” O fundamento ou essência do evangelho se encontra na doutrina da justificação que tem a sua origem na graça de Deus, “sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Romanos 3:24). Após a justificação o pecador passa a ser tratado como justo em seus relacionamentos com Deus. Ao pecar, contraímos uma dívida que foi debitada em nossa conta. Mas o despertamento da fé em Jesus resulta na justificação, que significa que a nossa dívida foi transferida para a conta de Cristo, e a retidão dEle, na justificação, é creditada em nossa conta. O pecador justificado não tem “justiça própria, que procede de lei, mas aquela que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé” (Filipenses 3:9). O resultado é a “paz com Deus” que significa bem-aventurança ou felicidade, como está escrito: “Bem-aventurado” (feliz) “aquele cuja transgressão é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado é aquele a quem o SENHOR não atribui iniquidade” (Salmo 32:1-2). “Sim, como é feliz aquele cuja culpa o Senhor não leva em conta (Salmo 32:2, NVT).

Com amor – pastor José Loures.

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