O chamado de Deus para o sagrado ministério

“Existem várias formas de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversas maneiras de atuação, mas é o mesmo Deus quem efetua tudo em todos” (1 Coríntios 12:5-6). Duas características do ministro do evangelho: não busca os seus próprios interesses e a autoridade que exerce não é própria, mas dAquele que o comissionou. No exercício do seu ministério o pastor é um “clínico geral”, que planta e rega, mas quem faz a planta crescer e dar frutos é Deus. “Existem várias formas de ministério, mas o Senhor é o mesmo”. O Senhor é quem chama e envia. A maneira como Deus chama impressiona pela diversidade e singularidade, e por isso o chamado é revestido de um caráter muito especial. Para citar alguns exemplos destacamos o chamado de Gideão (Juízes 6:11-16), Isaías (Isaías 6:8); Jeremias (Jeremias 1:5); Amós (Amós 7:15) e os apóstolos (Marcos 3:13). Sem querer estabelecer relação entre o pastorado de hoje e o sacerdócio e o ofício profético dos tempos bíblicos, devo dizer que o ministério pastoral, também, é necessariamente precedido por um chamado divino. Este tema está em meu coração porque ainda sinto o doce sabor das homenagens recebidas em minha jubilação. As homenagens trouxeram à minha memória o meu chamamento. Foram três chamados, e somente no terceiro é que eu disse SIM. O primeiro veio através de irmãos amáveis e amados que, vendo nosso trabalho como pregador leigo, sugeriu que eu fosse encaminhado ao ministério. Por questões familiares eu disse: NÃO! Isso ocorreu no início da década de 1980. O segundo chamado veio por intermédio dos mesmos irmãos e respondi: SIM! E assim, em 1982, me preparei para o vestibular no seminário no final daquele ano. Mas surgiu uma paixão e amor verdadeiros e, naturalmente dentro do plano de Deus, troquei o SIM por outro não, isto é, em vez de ministério pastoral, um casamento que durou trinta anos. Esta união foi desfeita pela transferência dela para a Igreja do Alto. Mas, bem antes dessa transferência, recebi um novo chamado, e com o indispensável aval dela, fui conduzido à Faculdade Teológica Batista de Brasília, onde tive o privilégio de receber instruções aos pés de renomados professores e professoras, sendo ordenado ao Sagrado Ministério aos vinte e sete dias do mês de novembro de 1994. No final do meu primeiro pastorado, conversando com um colega que estava preocupado com campo para mim, eu disse a ele: se foi Deus que me vocacionou ao Sagrado Ministério, Ele tem um campo de trabalho para mim; mas se estou neste ofício por vontade própria ou dos homens, que Ele me livre de campo. E campo de trabalho nunca faltou. Hoje estou jubilado, mas o cajado que Ele pôs em minhas mãos, pela graça dEle, está e estará em meu poder, até o dia em que ele me chamar para Si. A Ele, toda honra e toda a glória pelos séculos dos séculos. Amém!

Seu conservo no Senhor – pastor José Loures.

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