A Romanização do Cristianismo

“Eu sei que, depois da minha partida, aparecerão no meio de vocês lobos vorazes, que não pouparão o rebanho” (Atos 20:29). Essas palavras fazem parte da fala do apóstolo Paulo aos presbíteros da igreja de Éfeso. Estava absolutamente certo, pois poucas décadas após sua morte, teve início o processo de romanização do cristianismo. E nesse processo surgem, e se destacam as figuras papais que, a exemplo de Diótrefes, gostam de “exercer a primazia” (3 João 9). Foi somente a partir do quinto século que a “pretensão petrina” se consolidou e foi geralmente aceita. O Papa Leão I “insistia que era sucessor de Pedro, cuja autoridade não pode ser desrespeitada” (Enciclopédia teológica da Igreja Cristã, v. III página 92). Como diria a nossa juventude, o homem “se achava”, e o antônimo dessa expressão é humildade, e se Leão I fosse de fato sucessor de Pedro a conheceria, e levaria a sério o que Pedro escreveu sobre a humildade: “Que todos se revistam de humildade no trato de uns com os outros, porque ‘Deus resiste aos soberbos’ mas dá graça aos humildes” (I Pedro 5:5). E o apóstolo Paulo, falando das virtudes que devemos cultivar, diz que devemos nos revestir de humildade (Colossenses 3:12). Soberba e presunção não fazem parte da vida do ministro do Evangelho da graça. A humildade estava muito longe daquele que se achou sucessor do apóstolo Pedro, e afirmava insistentemente que o era. Os brasileiros conhecem os efeitos da romanização do cristianismo, conhecemos, mas nem todos reconhecem ainda, mas brevemente todos reconhecerão. Estude a sua Bíblia!

Com amor – pastor José Loures.

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