O presente texto descreve a ressurreição do filho único da viúva de Naim. Este milagre recorda minha infância em uma escola rural no interior das Gerais. Faleceu um bebê. A professora se ofereceu com seus alunos para conduzir o corpinho sem vida ao cemitério, uma caminhada de aproximadamente oito quilômetros. Ela aproveitou para dar uma aula de Educação Moral e Cívica. Aprendi desde cedo que o corpo humano, mesmo sem vida, precisa ser respeitado. Os meninos, em revezamento, carregavam o pequeno caixão, e as meninas acompanhavam silenciosamente. O que nos deixava maravilhados é que, a cada vez que encontrávamos um cavaleiro em direção contrária, ele entrava com a montaria na relva, parava com a frente voltada para o caminho, tirava o chapéu colocando-o no peito a altura do coração, e a professora instruía os alunos. Voltemos para Naim. O Senhor Jesus caminha na direção de um cortejo fúnebre. Em vez do Mestre parar, interrompeu a marcha da multidão que acompanhava a viúva dizendo a esta: “Não chore!” (versículo 13). No versículo 11 lemos que “numerosa multidão” seguia a Cristo, e no versículo 12 lemos que “grande multidão” seguia o enterro. Na segunda multidão, a morte dita as regras da marcha. Mas na primeira, quem está no comando é Aquele que soprou nas narinas de um boneco feito com o pó da terra, e ele se tornou um ser vivente (Gênesis 2:7). Nesta multidão, o comando está com o Autor da vida. Na outra, uma senhora experimentando a forja da dor, e nesta fornalha, o coração da viúva se encontra estraçalhado. O Príncipe da vida toca o caixão onde se encontrava o corpo do rapaz e os condutores param (versículo 14). Agora, vejam que quadro fantástico se mostra diante de nós junto ao portão da cidade de Naim. Morte e Vida se encontram frente a frente. Jesus libera a poderosa palavra, e o morto se senta. E Aquele que tem a chave da morte (Apocalipse 1:18) o restitui à sua mãe. Além da onipotência, o bondoso Salvador é também onisciente. Jesus conhece as secretas amarguras dos corações tristes. E em Hebreus 13:8 lemos que “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre”, quer dizer, agora mesmo Jesus pode amenizar ou remover qualquer dor de qualquer coração. Se o seu coração está triste, Jesus pode confortá-lo. Se você está agora oprimido, afligido ou atormentado, meu amigo; ou se você sente grande tristeza apertando seu coração, minha amiga, se há um sofrimento secreto esmagando seu coração querendo tirar sua paz, deixe Jesus tomar conta de sua vida, pois Ele tem dito: “Invoque-me no dia da angústia; eu o livrarei, e você me glorificará” (Salmo 50:15).

No amor de Cristo – pastor José Loures.

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