A Pedagogia da Lei
“Assim a Lei se tornou nosso pedagogo até Cristo, para que fôssemos justificados pela fé” (Gálatas 3:24, BJ). Como nossa professora, a lei nos educa para a vida, pois nos faz sábios “para a salvação pela fé em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15). A lei nos diz: por seus próprios recursos vocês não podem alcançar o ideal estabelecido por Deus, por isso, vocês precisam de Jesus!” Os Dez Mandamentos (Êxodo 20:1-17) me fazem ouvir o brado da lei: “Você precisa de Jesus”. Em Romanos 10:4 lemos: “Porque o fim da lei é Cristo, para justiça de todo aquele que crê”. Isso significa que a lei é a nossa professora para nos conduzir a Cristo. O objetivo de Romanos 10:4 é mostrar que a lei não possui recursos para nos justificar perante Deus (Romanos 3:20). É somente pela fé em Cristo, pois Ele é a “justiça de todo aquele que crê”. Somos salvos pela graça, “mediante a fé” (Efésios 2:8), não estamos debaixo da lei como meio de salvação, porém comprometidos com os aspectos morais dela. Os aspectos morais da lei me fazem pensar nos sempre florescentes e vigorosos olhos de Cristo que são “como chama de fogo” (Apocalipse 1:14), em contínua vigilância sobre o nosso viver, sem contudo me esquecer que “Deus é quem efetua em” nós “tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade, para que” sejamos “irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual” devemos brilhar “como luzeiros no mundo. Portanto, tenham cuidado com a maneira como vocês vivem, e vivam não como tolos, mas como sábios” (Filipenses 2:13, 15 e Efésios 5:15). A santa lei de Deus me faz pensar em nosso compromisso com o amor, tendo em vista que “o cumprimento da lei é o amor” (Romanos 13:10). Observar os preceitos morais da lei significa viver em temor a Deus, e quando nos relacionamos com quem o teme, não precisamos nos preocupar com nossa reputação, pois a lei diz: “Não matarás”, e quem teme a Deus não assassina a reputação do próximo. Também não precisamos nos preocupar com a nossa integridade física nem com a própria vida, pois quem vive no temor de Deus jamais fará propositadamente nada que possa nos ferir. Também não nos preocupamos com os nossos bens, pois a lei diz: “Não furtarás”, e o temente a Deus jamais se apropriará ilicitamente de qualquer bem dos seus semelhantes. “O cumprimento da lei é o amor”, portanto, é a base para o sucesso nos relacionamentos com Deus e com o próximo, e temos a regra de ouro ditada pelo Mestre: “Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam também a eles, porque esta é a Lei e os Profetas” (Mateus 7:12). “O meu amor seja com todos vocês, em Cristo Jesus” (1 Coríntios 16:24).
Pastor José Loures.
