Na cruz, somente na cruz

“Mas longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu, para o mundo” (Gálatas 6:14). Quando pela fé contemplamos a cruz de Cristo, descortina-se diante de nós o eterno amor de Deus, o incomparável amor pelos pecadores. Na cruz vemos também o símbolo do amor que conquista o ódio; portanto, a única esperança de paz para o mundo está na cruz de Cristo, pois nela nos aproximamos do Crucificado, e quanto mais perto Dele mais perto estaremos uns dos outros. Mas não tenhamos ilusões, o cristianismo verdadeiro não oferece cruz de veludo, nem de isopor e muito menos cruz de ouro. O Senhor Jesus Cristo transformou a cruz, que outrora era um emblema de degradação, vergonha e dor, no mais querido símbolo do cristianismo. A salvação demanda vitória sobre o mundo, a carne e o Diabo, por isso, nos gloriamos na cruz, pois por meio dela, diz o texto, “o mundo está morto para mim, e eu estou morto para o mundo”, e o resultado disso é vitória sobre a carne e o Diabo, visto que, “os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5:24), e entre essas concupiscências crucificadas figuram a da carne, que é a sensualidade, e a dos olhos, que é a cobiça, e é dessas duas que procede o pecado em suas variadas e inúmeras formas. Na cruz, o lado do Senhor Jesus foi aberto, e da ferida “saiu sangue e água” (João 19:34), água que lava e sangue que purifica. Aquela ferida foi usada como potente equipamento de som do qual se ouve a voz do incomparável amor de Deus, que em sacrossantas palavras convida os pecadores: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas. Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida” (Isaías 55:1; Mateus 11:28; Apocalipse 21:6 e 22:17). O sangue e a água que saíram da Fonte ferida na cruz do Calvário se transformam em maravilhosas palavras que ressoam diante nós: “Para com as suas iniquidades usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Romanos 8:12). São palavras tão encantadoras que as transcrevo em outras versões para você: “Pois eu perdoarei os seus pecados e nunca mais lembrarei das suas maldades” (NTLH). “Pois Eu lhes perdoarei a malignidade e não me permitirei lembrar mais dos seus pecados” (KJV). Concluindo: “Longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gálatas 5:14). “Sim, na cruz, sim, na cruz, sempre me glorio, e, por fim, descansarei, salvo, além do rio” (NC 107).

Com amor – pastor José Loures.

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