O povo de Deus é o povo da palavra de Deus

“Guardai portanto cuidadosamente as vossas almas. Vós não vistes figura alguma no dia em que o Senhor falou em Horebe do meio do fogo. Por não suceder que enganados façais para vós alguma imagem de escultura, ou alguma figura de homem ou de mulher” (Deuteronômio 4:15-16). Transcrevi o presente texto da Vulgata Latina conforme a tradução do padre Antônio Pereira de Figueredo, que fecha seu trabalho com o seguinte epílogo: “Caríssimos: quando eu não mais estiver de corpo presente entre vocês, e não significar o meu nome senão uma saudade, espero em Deus, de todo o meu coração, que este Livro seja para vocês o que foi para mim em todo o curso de minha vida: o caminho único da luz. Nos momentos de treva e angústia, façam como sempre fiz: tive por bússola o Evangelho, e por timoneiro o Divino Mestre, que por obra e graça do Espírito Santo sempre me inspirou na busca da Verdade, que só nele se encontra: ‘Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim”’. Deus não permite que seu povo preste culto a representações visíveis de nenhuma de suas criaturas. Os dois primeiros mandamentos do decálogo deixam isso claro, e não oferece suporte para nenhuma discussão sobre o assunto. Também o Novo Testamento afirma claramente que o único Mediador entre Deus e os homens é o Senhor Jesus Cristo (1 Timóteo 2:5). Em Horebe Deus se fez conhecer através de palavras e por meio da voz, mostrando claramente que “a fé vem pelo ouvir” (Romanos 10:17), e um judeu que eu desconheço o nome disse: “quem ouve, vê.” O povo ouviu o som das palavras mas não viu aparência nenhuma. A instrução é clara: o povo de Deus oferece culto ouvindo Deus falar. Ao transformar o cristianismo como a religião da moda, os imperadores abriram caminho para a entrada de pagãos na igreja sem serem convertidos, e assim a idolatria foi introduzida lentamente. Os santos passaram a ser considerados poderosos intercessores diante de Deus, contrariando o claro ensino apostólico (1 Timóteo 2:5). Essa idolatria se mostrou mais acentuada no caso da Virgem Maria. O passo a passo para idolatrá-la teve início por volta do segundo século, mas até o quarto não há nada que prove qualquer veneração a ela. E, na Bíblia, não há absolutamente nada que ofereça qualquer suporte para cultuar à Maria. O professor Felipe Aquino, da TV Canção Nova, faz a seguinte e estranha afirmação: “Deus nunca proibiu ao povo fazer imagens dos Santos, mas proibiu fazer imagens de ídolos”. O Segundo Mandamento é descrito pela Vulgata Latina nos seguintes termos: “Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu” (Êxodo 20:4). Os santos estão “em cima no céu”, portanto, ao contrário do que diz o professor, Deus proibiu fazer imagens deles. Deuteronômio 4:16, na versão bíblica, traduzida dos originais pelo Centro Bíblico Católico, e impresso pela Editora Ave Maria, aparece assim:  “Guardai-vos, pois, de fabricar alguma imagem esculpida representando o que quer que seja, figura de homem ou de mulher”. A afirmação do professor que diz que “Deus nunca proibiu ao povo fazer imagens dos Santos”, cai por terra diante do presente texto, pois as imagens representam claramente “figura de homem ou de mulher”, portanto, Deus proibiu. O padre Antônio Pereira de Figueiredo cita, no epílogo de sua obra, as palavras do Redentor que confirmam ser ele o único Mediador entre Deus e a humanidade: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão por Mim” (João 14:6). Não existem intercessores, há um Intercessor, que é Cristo.

Com amor – pastor José Loures.

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